Thursday, July 20, 2006

Paul Gauguin (1848-1903)

Esteve em contacto directo com os Impressionistas e foi iniciado na pintura por Pissarro. Esteve ligado a Cézanne e a Van Gogh mas, apesar destes contactos, construiu uma arte pessoal onde se notam as influências da estampa japonesa nas formas planas e simplificadas e no modo como as fecha com uma linha a negro, que provém igualmente, da arte do vitral.
Foi o pintor da evasão, da recusa da vida moderna e, como consequência, da procura da pureza original no modo de vida e na pintura. Esta posição levou-o primeiro para o Norte de França (Bretanha), formando o grupo de Pont-Aven. Aí procurou a simplicidade da vida rural e da vida até cheia de símbolos místicos. Mais tarde procurou ambientes exóticos, no Taiti, vivendo com os nativos. A sua pintura caracteriza-se pela representação de uma Natureza alegórica e decorativa, pelas figuras bidimensionais, estilizadas, sintéticas e estáticas circundadas por uma linha a negro e pela utilização de uma cor simbólica, antinaturalista, alegórica e exótica.
Realizou uma arte que devia reflectir mais do que o aspecto exterior das coisas, servindo para revelar o mundo do espiríto, dos mitos e da magia. É dele uma sentença que os simbolistas adoptaram e que tão bem caracteriza a sua pintura: “se vir uma árvore de verde, pinte-a tão verde quanto possível. Um quilo de verde é mais verde que meio quilómetro. Porque não exagerar na pintura, do mesmo modo que os poetas empregam metáforas? Curve mais um ombro se isso o torma mais bonito. Faça-os mais brancos se assim fica melhor. Mova os galhos das árvores ainda que não sopre vento.”
Neste discurso, Gauguin queria dizer que a pintura não é a cópia da realidade, mas sim a sua transposição mágica, imaginativa e alegórica.


Paul Gauguin, "Femme de Tahiti" e "Vision After the Sermon"

1 comment:

Anonymous said...

As pinturas exóticas dele são mm giras!