Sunday, July 30, 2006

Simbolismo e o seu contexto

Na Arte simbolista, as formas, cores e linhas possuem significados próprios e não pretendem representar a realidade natural, mas sim uma nova realidade espiritual. Assim abandonaram a pintura de ar livre, fazendo uma arte que não foi fiel ao motivo que lhe deu origem. Adoptaram os princípios defendidos por Gauguin, que dizia que se deveria exagerar na pintura, tal como os poetas nos seus versos.
Van Gogh constituiu igualmente uma referência, pelas cores puras e vibrantes, tanto como Gauguin, pelas formas e cores planas.

Em 1891, o crítico e jornalista Albert Aurier definiu, no jornal Mercure de France, o Simbolismo da seguinte forma:“A obra de arte (simbolista) deverá ser:
1.º - Ideísta, pois o seu único ideal será a expressão da ideia;
2.º - Simbolista, pois exprimirá esta ideia em formas;
3.º - Sintética, pois escreverá estas formas, esses sinais, segundo um modo de compreensão geral;
4.º - Subjectiva (é uma consequência), porque a pintura decorativa propriamente dita, tal como a conceberam os Egípcios, muito provavelmente os Gregos e os primitivos, não é senão uma manifestação da arte ao mesmo tempo subjectiva, sintética, simbolista e ideísta.”

Bernard, pintor simbolista, afirmou: “Deve-se pintar com base na lembrança que se conserva do motivo; a memória regista as impressões e apenas preserva o essencial do motivo, um núcleo onde se concentram não só as qualidades substanciais do modelo mas, também, as condicionadas pela perspectiva”.

Figura- Winslow Hommer, Summer Night(1890)

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